terça-feira, 26 de agosto de 2014

Precisar Impreciso

Precisar Impreciso

Preciso da melancolia da noite
da agonia da foice, do cheiro da morte ocre
Sentindo meus fantasmas e segredos assombrarem
Um baú de cicatrizes que nunca se esvaem
ardendo sem esquecer, no ar da noite impuro
Que no escuro me obriga a escrever

Preciso de uma garrafa de realidade
ardendo a verdade, de mil segredos
de mil silêncios, soltos no escuro
em meio ao caos da cidade

Preciso de vaidade, para lembrar
Das feridas que deixeis marcar
em um passado sem lar, sem beleza
em meio a frieza, seguindo teu caminhar

Preciso escutar: Os seres da noite
caminhando no vazio, os moradores do frio
cada passo do meu caminhar

Preciso estudar, ardendo o riso
Lembrando de tudo que preciso
Tudo que não devo esquecer
De não precisar de você