sexta-feira, 21 de outubro de 2016

memento

não seja oprimida
não seja resumida
não seja magoada
não seja rivalizada
e se derem ferroada
solte mel e amor
se liberte da dor

seja sempre ouvida
seja sempre bonita
da cabeça aos pés
quando você quiser
como você é

E se alguém disser
que você é louca
mal da sua roupa
e que não te ouça

Saia logo de roubada
se encha de liberdade
de amor e felicidade
caminhando sua estrada

não


Tive uma crise de amigdalite e fraqueza lendo a pec241
Acho que a garganta se inflamou das verdades não ditas
Acho que conseguiram tremer minhas estruturas e certezas
Talvez o medo tenha se instaurado nas bases de meu chão

Queria que meu corpo acompanhasse a minha mente
Queria me unir nas ruas lutando firme por nossa resistência
Essa perseguição demente da população desfavorecida, mas

A cada dia é um rango a menos, são cassetetes cuspindo violência.
A cada dia é um aluguel atrasado, uma luz cortada e lugar nenhum
Uma nova mudança, cortina de gás lacrimogênio, nem mais comida.
Tive uma crise de amigdalite na crise da garganta do povo, não dita
E a cada dia tem mais crise, mais dívida, mais cansaço, mais doença
mais contas para pagar, que não às dívidas para com a consciência.

Tive medo e uma crise dentro da crise das desistências, torci os dentes
Milhões de medos, de temer, querer fugir e a tremer suando doente
Decidi por não desistir, mas se tudo ruir rogo apenas por remédios de
Resistência