UNHAPPY GIRL ON A REPETE LOOPING
Um papo agradável sobre rock’n’roll e um filme de Georges Meliés
Um vinho, uma lareira,
uma casa de madeira e outro sonho qualquer
Você com seu Dylan e
eu com minha Joplin, um ré de vozes
E seu violão me
envolvendo muito além do quanto quer
Um pouco de álcool, um
pouco de carinho, um pouco de violência
A inquietude das
árvores, as casas vazias, a sede e a insistência
Desejos dilacerados em
notas de uma música que ninguém pôde ouvir
Cabelos ruivos roçam
em sua barba ao me partir, e ao me reconstruir
Me permito um cigarro
pós-fervência antes de sair
Esquecendo todo aquele
antigo desejo de me destruir sem eficiência
Vagueando sem me
perder, buscando além do entardecer
Buscando n’outra
madrugada perdida em seu rosto frio
Soprando dentes de
leão que possam realizar um fio
Um único sorriso em
seu escurecer
Perdido em um
desconhecer, perdendo um desencontro em caminhada ,
Pois quando o fogo
chove pelo céu, ainda não vê tempo em nossa estrada
E ofende a Botticelli
dando forma a uma Vênus que não nasceu
E ofende a minha
carne cativando quando em pronto desapareceu
Desapareces tão de pronto quanto um dia apareceu
Desapareces tão de pronto quanto um dia apareceu
Garota infeliz em
grave Morrison reafirma
Retornando solitária ao
primeiro ponto de partida
E volto só rumando ao sul, pensando em sua mente,
E volto só rumando ao sul, pensando em sua mente,
pincelada levemente em um caderninho azul