CAIXA DE PANDORA
Meus olhos quentes derramam
ácido
Enquanto Pandora ri a
beira da escada
Desaurida e sem alma,
após ter aberto a caixa que havia em meu corpo
Demônios esvoaçantes voaram rindo, voando junto de minha
lucidez
Perdida, desaurida,
caminho gargalhando e choramingando em embriaguez
Com aquela pequena
alma me perseguindo, mostrando sempre uma nova lembrança
Morra Pandora com sua
caixa amaldiçoada de ilusões
Lave meu pensamento e
lembrança embora com os demônios livres,
Leve meu corpo e
minha alma, meu sangue e minha carne, liberte-me de emoções
Pois não há nada
senão poeira em meu coração esmigalhado.
Como migalhas deste
torpe pão, levada aos corvos que alimentam minha podridão.
Abra Pandora, o
último pedaço de meu coração
Abra sem piedade até
que ele pare
Abra meu espírito e
minha carne
Abra
novamente a caixa
Me
enjaule em minha própria solidão.
Nenhum comentário:
Postar um comentário