terça-feira, 11 de dezembro de 2012

CAMÉLIA


CAMÉLIA
As alas de entrada fugiam da capela enquanto a dama envenenada sofregava em prantos dentre o musgo.

Em uma abertura de jardim interno à moda de Roma.

Um anjo de pedra se molhava levemente ao ritmo acentuadamente acelerado da chuva. Ela podia ouvir ressoando em seus pensamentos, o som era a trilha perfeita gritando pela capela em sua mente.

O som de órgão ecoava por ambos os jardins internos daquele palacete a moda romana.

Rastejando em meio a lama, lodo e sangue se esgueirava soluçando com a chuva. Camélia sabia que estava sozinha em cada nota ressoada na capela pelo som lúgubre e terno do órgão.

Rastejando e imaginando se novamente ele invadiria seu palacete invisível a moda guerra.

Entrou na capela em artilharia de lágrimas com aquela cacofônica melodia ressoando em tubos.

Ninguém estava lá além da poeira sobre o órgão da capela a moda romana.

Colheu o violino em cameratos passos e tocou notas fúnebres em lamento, após incendiar a capela em sofrimento, morreu admirando o fogo a moda Nero.

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