JULIE
Ela
caminha pela madrugada sozinha, unhas roídas, cabelo bagunçado, maquiagem
borrada e roupas em farrapos.
Tudo
parecia um grande carnaval em cores lúcidas e gritantes diante de seu choro
estilhaçado
Nome.
Já
caminhas distante, em seus sapatos coloridos
Uma vez
sozinha, de mãos dadas consigo
Ladeiras
abaixo de seus pés, cachos em seu rosto
Yara
solitária cantarola aos marinheiros lúgubres
Jugular
soluçando pelo frio, chamando o fio
Ora
sozinha às irmãs perdidas
Largadas
no mar do desconhecido, de outro útero
Inimigas
de nascença
Escórias
da mesma semente
Júbilos do
mesmo choro
Untadas na
mesma solidão
Levadas
pela mão embora
Ignoradas,
separadas, esquecidas
Jazem
separadas por pais
Uma
vez quebradas
Lavam
cicatrizes desconhecidas
Irmãs
desconhecidas, desaparecidas, partidas
Entregadas
ao reencontro da maturidade.
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