Refazem médios para a
cura de Lou
Sussurrando
paredes em aceleração constante
Contando
instantes, lendo estantes
Ofegando
pelos corredores ela pisa na chuva
A indomável
cura de nossas almas
Ela se agarra a sua prece
Enquanto
o muco da alma é retirado
E a maca maquia o enfermo
Enquanto o coquetel a entorpece
Alarme toca:
Retomar cura
Circular, branca impura
Primeiro Comprimido
Efeito
comprido, colateral: secura
Cápsula
laranja: energia empurrada
Tomar um copo d’água insone
A cura de Lou segue com fome
Conforme insaciada.
Não surte efeito, não resta nada
Trajado em tarja sem nomear cor
Enfim o último deleito
Será que surte efeito?
Não responde nada.
Alarme toca:
E o efeito é morte, não teve sorte.
.Entretanto para Lou o contrário
Pois apenas em seu obituário
Não lhe resta nada, já que para Lou
Finalmente está curada
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