quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Sobre Maldições em Dezembro


PALAVRAS EM VÃO VOLTAM

Atônita é a palavra
Sem reação, sem alma, sem calma
Sem palavra, sem inspiração

Em dias como este sem lástimas
Sem lágrimas, sem mais do que o esperado
Virás a perecer pelo pecado ingrato
Como silenciosa eu adoeço

Sinto-me sem gosto, sem rosto
Em essência na ausência do que outrora costumara sentir
É duro sorrir quando na ausência do senso
Só penso no entanto que me sinto cair

Por que fizeste algo tão vil ao meu querer?
Agora só nos resta perecer
e eu tão friamente mesurei
cada palavra com a mesma falta

Amaldiçoar-te-ei até o fim de sua penosa estrada
Desejando um troco do mundo pela primeira vez
Por juras egoístas soltas no escuro, por todo o estrago que fez

E sobre a mesma rocha do injúrio
Lembrarei das palavras expostas pelo outro,
A quem feri por tão pouco
Pelo infame e odioso, falso e adorável insulto

Não fujo de um erro sujo
Tão pouco aceito que não pagues pelo júbilo
Pela tua culpa te aprisiono em cárceres
Que somente muito longe quiçá compreenderás
Somente quando descobrires o peso
E lidar o erro, com a sombra que o traz

Esta sombra penosa carregarás
E em dor desastrosa sucumbirás
Livre só serás ao simultâneo libertar
Quando em essência eu puder me perdoar
Todo o mal causado em mentira voraz

Caso contrário, em valor arbitrário cairás
A trépida sombra te engolirás em descaso
levando cada pedaço que roubas-te
de meu peito inflamado

Todo o estrago que ainda derramarás
Antes do ato, nele sucumbirás
Se não souberes corrigir, por certo só te restas ruir
Se não desfizeres em intento
O que nem mesmo o tempo deixou para trás.

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