terça-feira, 21 de outubro de 2014
BANHEIRA DE SANGUE
Afundei-me em minha própria água, álcool, cinzas e sangue
Deitei-me com a morte que desejei sobre meu caótico ácido mangue
Ganhei o que nunca pedi e perdi o que nunca criei
Jamais pedi o que recebi e sempre perdi o que amei
Perdendo o amor por existir, odiando o palácio que devorei
Devorando-me na existência de odiar o corpo que amei
Adorei satíricos diabos, consumindo o que conformei
Acordei-me afogando a pseudo realidade que sei
Odiando-me em cada estado que encontrei
Mato a existência do meu desejo, e ergo um fato
A lembrança de que apesar de todo meu desagrado
o que houve antes é imperdoado, estou farto
Farto de correr atrás da minha destruição
Afundei-me para me poupar de outra auto-flagelação
Afoguei-me para morrer e nasci sem poder te devotar
se quer pingo de perdão, tudo que encontro é ilusão
E nunca vês que causas em mim loucura e vão
Deito-me morta a cada dia por toda essa dor e falta de razão
Morro por falta de ajuda, por doença e obsessão
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