segunda-feira, 24 de novembro de 2014

CINZA

Encaro a covardia
Cimentada em pedra fria
Engolida no dia a dia
Secura amarga na goela

Desce a dose queimando
Corroendo a sanidade
Ser de cores em mundo profano
Acinzentada pela cidade

Quero fugir deste engano
Caótico trapo de tranquilidade
Fugitiva da corda de pano
Enforcada antes da idade

Quero provar teu calor humano
E só me resta trago e maldade
A lembrança daquele verde ano
Que em vale me arranca saudade

Retrocesso ímpar, insanidade
Meu desejo que agora desperto
Meu caos do louco em concreto
Presa em corrente, em outra cidade

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