Encaro a covardia
Cimentada em pedra fria
Engolida no dia a dia
Secura amarga na goela
Desce a dose queimando
Corroendo a sanidade
Ser de cores em mundo profano
Acinzentada pela cidade
Quero fugir deste engano
Caótico trapo de tranquilidade
Fugitiva da corda de pano
Enforcada antes da idade
Quero provar teu calor humano
E só me resta trago e maldade
A lembrança daquele verde ano
Que em vale me arranca saudade
Retrocesso ímpar, insanidade
Meu desejo que agora desperto
Meu caos do louco em concreto
Presa em corrente, em outra cidade
Nenhum comentário:
Postar um comentário