Buracos e Neblina pt.1
A corrente entre atos, aparentemente conectados
os fatos, os aços, aparentemente desconexos
O fio navalha entre o fio cabelo da vida e da morte
que os sádicos tem o prazer de cortar
imoladamente, sem tesoura
Um tesouro é a vida, eles dizem
Um suspiro ininterrupto que parece tanto
e não passa de um segundo em poeira estelar
Uma garrafa, talvez de Stella Artois
Um trago engolido, um sexo barato
um café amargo
Nada além é conseguido,
neste insólito e inverso, pseudo paraíso
Hipócrita e coberto de névoa
A chuva é o choro engolido dos frios moradores de Petrópolis
O cheiro de fumaça, ora carros, ora tragos
Ora de corpos queimados de pulmões poluídos
Por gritos engolidos, de poças com sonhos destruídos
A vida é um circo, e aqui somos aberrações
De destinos sem ações, escolhidos ou não
por sadismos de Deuses que nem se quer afirmam
Se são reais ou sonhos reprimidos
(De um papel roto de Maio de 2013)
(De um papel roto de Maio de 2013)
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