Chega o fim caminhando
pesados passos da guerreira
fios chumbo de cabelos negros
ribanceira de corvos urrando
Queimo a madeira minha
de duas décadas e mil anos
cicatrizes evocam o inverno frio
soa o trotar pesado dos cavalos
Joga sobre os olhos teu manto
Jogue os anos sobre os espólios
ainda deixados pela batalha
Nos alimente no frio
Adeus aos pudores que tinha
dos velhos pesos mundanos
dos velhos pesos mundanos
Lutemos juntas dama da morte
teus abutres trazem sorte
leve as feridas lave-as no rio
teus abutres trazem sorte
leve as feridas lave-as no rio
afina o fio da espada e corte
cicatrizes evocam o inverno frio
soa o trotar pesado dos cavalos
chega o crepúsculo vazio
rompe a noite dos antepassados
Joga sobre os olhos teu manto
tua fúria fogueira revitaliza
aquece-me afagando o pranto
aquece-me afagando o pranto
Devolvendo a luz na saída
Jogue os anos sobre os espólios
ainda deixados pela batalha
jogue fora a faminta migalha
substituída pela fartura de teus olhos
Nos alimente no frio
das entranhas da morte
trilha-me um dia a sorte
trilha-me um dia a sorte
de nadar além deste rio
Nenhum comentário:
Postar um comentário