quinta-feira, 27 de junho de 2013

TERRENO BALDIO

TERRENO BALDIO


Sob os destroços de um terreno baldio, 
os tijolos estilhaçados se despediam do teu cheiro ao meio fio
e em adeus forçado evito aquele caminho, de memória e vinho
onde assombrada evitava o caminhar

E ao jurar, falsamente, que esqueci, retomei a rota que evitara
E em surpresa um arrepio me para, fazendo o reconstruir de um derradeiro,
Já que pelo terreno baldio inteiro, me volto a transbordar sem beira, 
pois uma casa de madeira ali é reconstruída

Como o sonho de partida, que era teu e em mim o fez,
Volto-me novamente destruída,  sentimentos em derradeira
Como lenha da lareira que queima em meu sonhar outra vez

Sigo em frente sem poder parar, me perguntando se um dia
poderia ter tudo aquilo que o mundo me faz lembrar,
pois a cada dia que creio te esquecer
o mundo me força em pedaços a te presenciar.


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