segunda-feira, 14 de novembro de 2016

A Sepente, O Cavalo, A Coruja e o Corvo

A Sepente, O Cavalo, A Coruja e o Corvo
A Mulher que ouvia Joni Mitchell e Lisa Thiel por toda a noite a meu lado
Visitando seu lar secreto, canceriana doce e singela, guerreira e donzela
Sua magia é um doce que tem gosto umedecido e terno feminino de luar

Queria sim te ninar como uma criança, recitando cânticos, movendo danças
Ouvindo o mel água de nossas vozes doces vibrando a força de outras eras
Avançando nossas guerras para as Deusas e para as feras como boas devotas

Ah se os moços de câncer fossem como essas doces e selvagens filhas da lua
Mas a água é um mistério que assim pela fruta pele caminha e se transmuta
No fundo azul marinho de estrelas e vinhos, dos nossos antigos céus interiores

Queria provar-te o céu da boca, te levar ao céu das moças bebendo seu néctar
Mas meu maior desgosto é que ficamos nós duas nunca nuas e atrás de moços
Então renega os peixes pelo aquariano, sem cair o pano das ciganas a galopar

Queria ouvi-la cantar, chamo seu tambor, venusiana sexta que vem amanhã
Queria vê-la sorrir, aconchegar a maçã do rosto, provar desse gosto outra vez
Talvez até sentir que nosso corpo se permite o mergulho sem medo de cair.

(N.C)

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