Madeixas
de espuma
A fome fala grave
como uma voz dolorosa
Que grita intensa
e consome toda a pólvora
Apagando o fogo
das forças sem alimento, a alma chora
Mudo-me para
dentro de um novo mergulho sem medo da chegada hora
De morrer no
intento de sonhar no palco sem medo da morte que é divina porta~
Apaixono-me pelas
esquinas, olhares que se perdem
Suavizam doces
águas profundas lavando leve
O sal de Netuno,
sêmen e espuma,
fertilizada no útero do mar
madeixa de espuma
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